A raça de gato Azul Russo, ou gato Azul da Rússia, se destaca pelo reflexo azul prateado da pelagem, olhos verde-esmeralda e uma história de quase extinção em meio à guerra mais devastadora da humanidade.
Considerado uma joia felina, combinação da intelectualidade russa e da aristocracia inglesa, o gato Azul da Rússia tem uma camada dupla de pelos curtos e ostenta um sorriso maroto, comumente comparado com a enigmática expressão de Monalisa — um dos quadros mais famosos do mundo, pintado por Leonardo da Vinci. Isso porque a boca do felino é sutilmente voltada para cima, um charme adicional para o currículo.
Quando filhote, os olhinhos são amarelos, e conforme o bichano vai crescendo, vão ficando verdes e brilhantes. A troca de cor começa com um anel esverdeado ao redor da pupila, ainda nos primeiros meses de vida.
Outros aspectos físicos da raça de gato Azul Russo são a cabeça triangular, as orelhas grandes e o corpo esguio. As pernas compridas permitem que nosso amigo desenvolva alta velocidade para dar o bote — o Azul da Rússia tem forte instinto de caça.
Comportamento da raça de gato Azul Russo
Caçador nato, o gato Azul Russo exige que os donos dediquem um tempo do dia para brincadeiras, como as de varinhas com penas. Não será surpresa se o bichano estraçalhar algum brinquedo, com seu ímpeto de predador. Considere esses mimos um investimento — afinal, antes o brinquedo do que algum objeto da casa, né!
Apesar do instinto de caça, o Azul Russo é visto como um anjinho com os donos. É comum que o gato ande atrás do tutor pela casa, vá recebê-lo na porta e até procure colo. Mesmo com todo esse dengo, ele não vai demonstrar muita preocupação se o dono passar o dia todo no trabalho. Reservado, ele se vira bem sozinho e prefere dormir num canto menos agitado da casa do que no meio da sala.
Doce com o dono e brincalhão, o bichano é desconfiado, arredio e pouco chegado em visitas. Tem visitante que talvez nunca veja o bicho, a menos que o felino considere que aquela pessoa seja digna de sua atenção.
Não é da personalidade do gato Azul Russo se esfregar nas pernas das visitas. Também passa longe de gostar de uma balada em casa. Tende a ser daqueles que, em dia de festa, só aparece depois que o último convidado foi embora. Nesse ponto, é praticamente um filho adolescente. 😹
Azul Russo: por que o gato cinza é chamado de azul?
Uma rápida explicação para quem estranhar a definição de “azul”. Sim, você não está vendo errado: o bichano é cinza mesmo. Azul é a definição que geneticistas e criadores dão para essa pelagem. E essa não é uma invenção brasileira, é internacional.
Nos Estados Unidos, a raça leva o nome de Russian Blue. Na Itália, Blu di Russia. Na França, Bleu Russe. Assim como, para dar mais um exemplo, gatos com pelo laranja são chamados de vermelhos pelos especialistas. Mas nenhum desses peludos vai se importar com seu entendimento das cores felinas, ainda mais se você trouxer petiscos.
Qual a origem do gato Azul Russo?
A origem da raça de gato Azul Russo é controversa. O bichano já foi chamado de gato maltês, na França, na década de 1920. A referência para os franceses, à época, era que o peludo seria originário da Ilha de Malta, na região central do Mediterrâneo, entre a Itália e o Norte da África. E também já foi chamado de azul espanhol, azul chartreuse e azul americano. Esses vários nomes reforçam a falta de convicção sobre o ponto de partida da origem da raça.
Outra teoria aponta que o felino já foi alvo de caçadores interessados em sua pele quentinha na Rússia — que horror! Esse suposto histórico de ter a pele desejada explicaria a inteligência, os instintos aguçados e o comportamento cauteloso com desconhecidos, que teriam sido indispensáveis na luta pela sobrevivência.
Há também quem diga que esse bichano já tenha sido um amuleto para a debilitada saúde de um príncipe russo, acompanhando seu nobre dono, ao lado das tropas, para uma batalha. Quem conhece a cautelosa personalidade do gato Azul Russo acha bastante improvável que o bichano, que mal gosta das visitas, tenha desempenhado esse papel de gato guerreiro.
Prevaleceu a versão que crava mundialmente a origem russa do bichano desde a década de 1930: a de que esse elegante gato teria, por volta de 1860, desembarcado na Inglaterra vindo de carona em navios mercantes saídos do porto da cidade russa de Arkhangelsk (Arcanjo).
A cidade, que hoje tem em torno de 400 mil habitantes, leva esse nome em homenagem ao mosteiro de São Miguel Arcanjo e foi fundada quando a chegada dos portugueses ao Brasil não tinha ainda nem um século, em 1584. A localização desse ponto de partida do bichano fica no Norte da Rússia, às margens do Mar Branco, próximo ao Círculo Polar Ártico.
Os moradores de Arkhangelsk concordam com essa origem, dizem que o gato é da terrinha e fazem questão de chamá-lo de gato de Arkhangelsk — o felino também já foi chamado por esse nome em outros países.
Mas a versão que circula pela cidade é um pouco diferente. Em 2018, segundo notícia publicada no site da prefeitura de Arkhangelsk, surgiu a ideia de criar o “Museu do Gato Arkhangelsk”. A proposta foi apresentada durante debates de um fundo da prefeitura para orçamento participativo dos cidadãos. E em meio à discussão foi dada a versão de que o gato teria surgido na cidade a partir do cruzamento com felinos vindos de navios ingleses.
Diz a notícia do site da prefeitura da cidade russa:
“Como observou a reitora da Universidade Federal do Norte (Ártico), Elena Kudryashova, a existência dessa raça, que surgiu como resultado do cruzamento de um gato local com um gato trazido por marinheiros da Inglaterra, é um fato histórico. Na opinião dos membros do Conselho Público, no âmbito deste projeto surge a perspetiva de uma marca nova e reconhecível da capital Pomorie.”
A proposta do museu, infelizmente, acabou não vingando. Por enquanto.
Raça de gato Azul Russo estreou em evento de gala
Em 13 de julho de 1871, uma exposição em Londres mudou o universo felino para sempre. A Crystal Palace Cat Show é considerada a primeira das exposições modernas de gatos — e lá estava nosso companheiro azul. Ele foi apresentado ao público como Archangel Cat.
Não que antes de 1871 ninguém tenha pensado em expor gatinhos ao público. Os próprios ingleses têm relatos de uma exposição de gatos em 1598, na feira de St. Geiles, em Winchester. A diferença é que, a partir de 1871, o evento, organizado pelo escritor, artista e amante de gatos, Harrison Weir, colocaria os bichanos em outro patamar.
Weir escreveu os padrões da raça pelos quais as inscrições seriam julgadas e ele foi um dos três juízes. Cerca de 150 gatos participaram da exposição que superou todas as expectativas. E chegou a causar transtornos no sistema público de transportes, que precisou sofrer adequações para dar conta. Em torno de 20 mil pessoas se acotovelaram para ver as fofuras. O sucesso foi tanto, que cinco meses depois já foi organizada uma segunda competição.
Os jornais que cobriram a exposição de 1871 descreveram nosso amigo azul como “um gato muito bonito, vindo de Arkhangelsk” e que a pelagem lembrava um “coelho selvagem”.
Entusiasmado com o interesse do público pelos felinos, Weir foi ainda o autor do primeiro livro sobre pedigree de gatos — Our Cats and All About Them (Nossos Gatos e Tudo Sobre Eles, 1889). E ainda foi fundador do Clube Nacional do Gato do Reino Unido. Calma que tem mais: ele também foi a primeira pessoa a definir padrões para raças específicas de gatos, sendo conhecido como o “Pai da Gatofilia”.
Inglesa foi pioneira na criação do gato Azul da Rússia
Constance Carew Cox nasceu em 1861 na Inglaterra, mais ou menos na mesma época em que os primeiros azuis teriam chegado ao país, de carona em navios. Foi uma apaixonada por gatos, e é apontada como referência na criação e no reconhecimento do gato Azul da Rússia. Mas seus dramas pessoais, com um marido golpista que faliu, fugiu e a abandonou por anos, gerando burburinho na sociedade, não passaram despercebidos por seus biógrafos.
Não deixa de ser curioso como as guerras se cruzam de alguma forma na história dos azuis. Seja na lenda de que o gato tenha sido amuleto em um campo de batalha, ao fato da raça quase ter sido extinta na 2ª Guerra Mundial, também a pioneira da criação desse felino vem de uma linhagem envolvida com batalhas históricas.
O nome de nascimento dessa importante personagem na história do gato Azul Russo é Constance Caroline Montgomery Floyd. Descrita como muito reservada, de saúde debilitada e com uma história de vida dolorosa, ela veio ao mundo em uma família com tradições militares e título de nobreza.
O tataravô de Constance é o militar mais antigo que se tem registro na família: morreu em batalha, aos 52 anos, em 1759, durante a Guerra dos Sete Anos, na Alemanha. O bisavô, general John Floyd, lutou na Batalha de Emsdorf, recém-órfão de pai, aos 12 anos, em 1760. Também participou da captura de Seringapatam, em 1799. Foi ele quem recebeu o título de baronete, concedido pela realeza. Esse título fica logo abaixo de barão e acima apenas de cavaleiro e escudeiro. É hereditário, mas só entre os homens, então Constance nasceu filha de um nobre, mas sem ostentar nenhum título.
Já o avô, major-general Henry Floyd, enfrentou os franceses na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815, que ficou conhecida como a derrota final de Napoleão Bonaparte. O pai de Constance, Robert Peel Floyd, foi capitão da 2ª Milícia Real Cheshire, e o irmão, Henry Floyd, foi capitão da marinha e participou da Guerra dos Bôeres, na África.
Se a paixão de Constance pelo gato Azul Russo tem relação com o suposto histórico militar do bichano é um mistério. Mas a escolha do marido fugiu às tradições bélicas da família. Em 1882, aos 21 anos, ela se casou com o advogado Henry Carew Cox.
Casada, Constance seguiu a carreira de criadora profissional de gatos. Além de criar azuis, ela teve abissínios, persas e siameses. Ela não é lembrada apenas pela contribuição para o reconhecimento do gato Azul Russo como uma raça. É atribuído a ela um papel decisivo para ter evitado a extinção dos abissínios, graças ao seu empenho em manter a raça.
Constance importava alguns de seus bichanos, cruzava e vendia os filhotes. Também participava assiduamente de exposições, mantinha anotações detalhadas sobre seus gatos — árvore genealógica e data de nascimento, por exemplo — e escrevia para revistas especializadas.
Teve vários bichanos premiados. A sua primeira gata azul que se tem registro foi Dwina, adquirida em 1889. Ao longo da carreira de criadora, teve outros azuis, alguns deles importados de Arkhangelsk, o que deu mais credibilidade ainda à possível origem russa da raça.
Enquanto Constance se aperfeiçoava e ganhava reconhecimento no mundo dos criadores de gatos, o marido se afundava em negócios malfeitos. Em 1893, ele contraiu uma dívida — não está claro por qual razão — e foi decretado falido em 1897. Após ser acusado de fraude, ele fugiu para o País de Gales e ficou fora dos radares das autoridades por dois anos. Ele foi preso em 1899, após voltar a dar as caras ao saber que a esposa estava muito doente.
Henry acabou condenado a 12 meses de prisão por falsificação e obtenção de dinheiro por meio de fraude. E todo o problema teve publicidade, com cobertura dos jornais da época. Um prato cheio para os vizinhos fofoqueiros. Como desgraça pouca é bobagem, Henry ainda foi banido da advocacia, e os bens do casal foram apreendidos para o ressarcimento das vítimas do maridão. Coitada da Constance!
Os registros dão a entender que Constance e seus gatos podem ter passado a morar de aluguel, porque após a condenação do marido foram vários endereços até a morte dela, em 1937, aos 76 anos — Henry morreu seis anos antes. Não há registro que o casal tenha tido filhos, além das centenas de gatinhos criados ao longo de mais de quatro décadas.
Um amigo registrou em uma revista de gatos, após a morte de Constance, que a criadora era uma pessoa reservada, teve uma vida dura e que sempre estava alimentando, socorrendo e adotando bichanos sem-teto que apareciam na vizinhança.
Azul Russo e British Shorthair em competições
Até o ano de 1912, o gato Azul Russo e o British Shorthair disputavam competições na mesma categoria. Ambos têm pelo curto e são cinzas, e àquela altura do campeonato tinham os olhos dourados — só mais adiante os russos viriam a ser definidos com os olhos verdes.
Veja a apresentação de um gatinho Azul Russo em uma competição internacional!
Mas era uma disputa desigual. O formato arredondado da cabeça do britânico era mais apreciado pelos jurados ingleses, e o modelo russo, com rosto mais fino e orelhas maiores, acabava com menos chances de ganhar.
O Conselho Administrativo da Cat Fancy — maior entidade de registro de gatos com pedigree no Reino Unido, fundada em 1910 — foi o primeiro a reconhecer que o Azul Russo tinha que ser exposto em uma categoria própria, dois anos após sua fundação, que surgiu a partir da junção com outros clubes de gatos, que faziam seus próprios registros.
A partir de então, com uma categoria pra chamar de sua, os azuis da Rússia passaram a ser aprimorados, valorizados, mas ainda não é aqui que a gente chega a um final feliz. A raça quase foi riscada do mapa em uma das guerras mais devastadoras da humanidade, como a gente vê a seguir.
Raça de gato Azul Russo quase foi extinta
Conflito mais mortal da história, a 2ª Guerra Mundial — há quem estime que mais de 80 milhões de pessoas morreram, entre civis e militares — quase levou o gato Azul Russo à extinção. O principal motivo é que a Inglaterra, principal centro de criadores desse felino, foi duramente castigada por uma série de ataques aéreos.
A 1ª Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, também já havia sido catastrófica para a humanidade. Estima-se que em torno de 40 milhões de pessoas morreram naquele conflito. Mas apesar de toda essa tragédia, não há registros que os criadores de azuis tenham tido maiores problemas com os ataques inimigos em solo inglês.
Os registros dos bombardeios sofridos entre as duas guerras dá a dimensão do porquê a criação dos bichanos foi praticamente dizimada.
Na 1ª Guerra, por meio dos dirigíveis — os Zeppelins —, a Alemanha realizou 51 ataques sobre o solo inglês, despejando 196 toneladas de bombas, deixando 557 pessoas mortas e 1.358 feridas.
Na 2ª Guerra, entre 1939 e 1945, a tecnologia de combate aéreo já havia se desenvolvido, gerando estragos sem precedentes. Foram despejadas cerca de 30 mil toneladas de bombas pelos nazistas sobre o Reino Unido. Esses bombardeios tiraram a vida de cerca de 40 mil pessoas. Apenas em Londres, foram 1 milhão de casas destruídas ao longo de 71 bombardeios — a sequência mais longa durou 57 noites consecutivas.
O último bombardeio sobre a Inglaterra nesse conflito foi em 29 de março de 1945.
Não há registros de quantos animais tenham sucumbido nesses ataques ou quantos foram deixados para trás e se perderam em meio a explosões e incêndios. Mas o cenário que os historiadores de raças resgatam é desolador: dos poucos azuis que restaram, não havia o suficiente para que fossem cruzados entre si. Foi necessário cruzar os sobreviventes com outras raças, como o Siamês Blue Point e o British Shorthair.
Em 1965, os criadores britânicos entraram em um consenso que o gato Azul Russo pós-guerra estava distante, em forma e personalidade, do bichano de antes dos bombardeios. Começou um novo esforço para dar um novo padrão à raça, cruzando gatos escandinavos, o que resultou no modelo atual, incluindo os belos olhos verdes.
O modelo tido como ideal para a raça foi atingido na década de 1960 e perdura até hoje.
Saúde, cuidados e nutrição
O gato Azul Russo vive, em média, de 10 a 20 anos e é saudável por não apresentar problemas genéticos.
No quesito nutrição, vale atenção extra à quantidade de alimento, que deve ser dosada, conforme o peso do animal e as instruções da embalagem da ração seca ou úmida. Esse cuidado é fundamental para evitar que o gatinho fique obeso e desenvolva problemas de saúde.
Além da ração seca ou úmida, ofereça água limpa e fresca para o gatinho. Uma dica preciosa: não coloque os potes de água e comida lado a lado. O ideal é que a comida fique em um canto, e a água em outro.
Está curioso sobre o gato Azul da Rússia? Assista ao vlog para acompanhar um dia na vida de uma gatinha da raça, que inclui escovação, almoço, soneca, caçada a mosquitos (rsrs) e banho de sol. Muito fofa!
O gato Azul Russo é um felino de pelo curto, de pelagem espessa e fácil de cuidar. A dica é escová-lo com frequência, uma ou duas vezes por semana, com uma escova apropriada para gatos.
Na primavera e no outono, o Azul Russo fará a troca dos pelos, assim como todos os gatos. Então, nesses dois períodos, é preciso escová-lo mais vezes por semana para remover a pelagem morta e, assim, evitar que ele ingira muitos pelos.
Alergia a gato: Azul Russo produz menos alérgeno
A raça de gato Azul Russo é apontada como uma das que menos produzem a proteína Fel d1, responsável pela maioria das reações aos alérgicos a bichanos. Mas é importante deixar claro: nenhum gato está livre dessa proteína. E isso não quer dizer que um gato seja mais adequado para pessoas alérgicas que outros.
Muitos criadores de gato Azul Russo fazem questão de deixar claro que a raça não é hipoalergênica e nem “ideal para pessoas alérgicas”. Isso para não sofrerem acusação de propaganda enganosa e, pior ainda, enviar o felino para um lar onde ele não será bem-vindo após alguém começar a espirrar.
A proteína Fel d1 está espalhada em praticamente todo o corpo dos gatos, de qualquer raça, e, por tabela, pelas casas deles — sim, deles, lembre-se que você mora lá de favor, rs. Essa substância é produzida pelas glândulas salivares e sebáceas, e acaba indo parar por todo o corpinho graças aos banhos de língua que o bichano se aplica, várias vezes ao dia.
Para os alérgicos, essa proteína causa ataques de asma, coceira nos olhos e congestão nasal. Se você nunca teve alguma reação dessas ao chegar perto de um gato, é um ótimo sinal para ambos. Já dá pra ter um gatinho em casa.
A utilidade da Fel d1 para os gatos ainda é investigada. Segundo reportagem da revista científica Nature, em média, machos não castrados têm mais desse alérgeno do que fêmeas castradas. Fato que pode significar que a proteína pode conter hormônios ou feromônios, uma espécie de perfuminho para atrair o sexo oposto. Tem também quem investigue se a função seja proteger a pele do gato. Outra descoberta dos cientistas é que até a raça sem pelos, Sphynx, produz Fel d1.
Campeã da raça dá ideia do modelo tido como ideal
Rosto triangular, olhos verdes penetrantes, orelhas compridas e corpo esguio. Essas são algumas das características do gato Azul da Rússia, como já vimos, e os campeões da raça existem para reforçar o modelo que os criadores buscam como ideal.
Na temporada 2019-2020, o título nacional de melhor gato Azul Russo, da entidade norte-americana Cat Fancier’s Association, foi para uma gata: Tylona’s Diamond Lil.
A gatinha pertence ao gatil Tylona, que cria azuis russos desde 1981 na pacata cidade de Ann Arbor, no Michigan, com cerca de 120 mil habitantes — sede da famosa Universidade de Michigan e terra de dois prêmios Nobel, em Física e Química. O site do premiado gatil não divulga preços dos filhotes.
Quanto custa um gato da raça Azul Russo?
Segundo levantamento da norte-americana Hepper, o preço de um gato Azul Russo filhote vai de US$ 400 a US$ 1 mil. No Brasil, a variação de preços é enorme, com vendedores oferecendo azuis russos pelos mais diversos valores. O importante é pesquisar a procedência e, dentro do possível, conferir se as características físicas dos pais se assemelham às da raça.
O gato é pop: curiosidades da raça de gato Azul Russo
Em Garfield: O Filme, Arlene, namorada do astro e tradicionalmente cor-de-rosa nos quadrinhos e animações, tem o papel interpretado por uma Azul da Rússia.
No filme Como Cães e Gatos, um gatinho Azul Russo é retratado como um estagiário. Catherine, da sequência do filme, Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore, também é uma Azul da Rússia.
Os personagens da série de tirinhas online, iniciada em 2003, Two Lumps (somente em inglês), Eben e Snooch são retratados como gatos azuis russos.
O meme Nyan Cat foi inspirado em Marty, um Azul Russo do criador Chris Torres. O vídeo original desse meme no YouTube tem mais de 190 milhões de visualizações. E você talvez se pergunte: mas o que tem de mais nesse vídeo? A resposta talvez esteja no charme do gato Azul Russo.
Gostou de conhecer a raça de gato Azul Russo? Aprenda também curiosidades de outros felinos no nosso guia de raças!
O azul da Rússia tem só olhos verdes?
Eu tenho uma gata com essas características mas seus olhos são amarelos.
Oi, Jayles, tudo bem?
Primeiramente, muito obrigada pela mensagem!
Todos gatos adultos da raça azul da Rússia têm olhos verdes. Essa cor é uma das marcas registradas da raça. Já os filhotes têm olhinhos amarelos, mas que vão mudando pra verde conforme vão crescendo. Essas informações são da Tica, a Associação Internacional de Gatos, que faz o registro dos felinos.
Esperamos ter ajudado 🙂
Eu tenho uma linda fêmea azul Rússia e uma das gatas que tive a mais doce delas carinhosa e dorminhoca
Oi, Oscar! Gatinhos dessa raça são muito lindos mesmo! Nós adoramos 🙂