por que os gatos mordem os donos

Por que os gatos mordem seus donos?

Você está alisando seu gato e… Nhoc! Leva aquela mordida do bichano. Ou o gatinho filhote te persegue pela casa e ataca o seu pé. Afinal, por que os gatos mordem seus donos? E por que levamos mordidas quando fazemos carinho? Já pensou por que seu gato morde do nada ou decide atacar os outros pets da casa? Para cada caso há uma resposta, e nem sempre é amor, nem ódio.

Os bichanos são fofos e lindos, mas não é difícil que sejam brutinhos e mal-humorados. 

Pesquisas indicam que, ao longo da vida, 85% dos gatos batem em outro felino e 60% deles, ocasionalmente, arranham ou mordem as pessoas. As causas para esse comportamento são muitas, e você confere a partir de agora.

Gato brincando de morder

Os bichanos são nascidos para caçar e podem ficar entediados dentro do ambiente seguro de uma casa se não tiverem os estímulos necessários. A falta de brincadeiras e de espaços adaptados às necessidades do felino podem resultar em um gato mordendo o dono. As soluções, nesse caso, são as que indicamos abaixo. 

  • Tenha brinquedos para gatos. E não é necessário gastar uma fortuna nisso. Existem opções divertidas, seguras e nos mais variados preços, em vários sites, como aqui e aqui. 
  • Se você está surpreso que seu gato precisa de brinquedos, arranhadores e parquinhos, então não deixe de saber mais sobre gatificação da casa!
  • E importante: não estimule seu gato a mordê-lo. Você incentiva seu gato a cravar unhas e dentes nas suas mãos quando faz cócegas na barriga dele, por exemplo. 

Gato filhote mordendo

É importante saber que os gatos mordem uns aos outros quando são filhotes, em brincadeiras frequentes. Esses jogos entre os irmãozinhos da ninhada são instintivos e servem como treinamento para a vida adulta. Mordidas e arranhões entre os filhotes simulam as caçadas futuras.

Enquanto se atracam nas brincadeiras, os filhotes aprendem também a diferença de força entre treino e caçada. As mordidas nos outros filhotes são muito mais leves que aquelas que vão ser dadas para matar aves e roedores. 

E olha só: a regulação da intensidade é feita pelos próprios gatos. Uma mordida mais dolorida será repelida pelo outro gatinho com gritos, arranhões e término da brincadeira. Caso a mãe da ninhada esteja por perto, ela poderá até interferir no entreveiro.

Gato filhote mordendo? Filhotinhos ainda estão aprendendo a controlar a intensidade das mordidas.

Gatos retirados muito cedo da ninhada podem não aprender a regular muito bem a força das mordidas e arranhões, deixando os ataques ainda mais agressivos, mesmo nas brincadeiras. Nunca use as mãos ou os pés para ‘lutar’ com um bichano que está sendo muito agressivo com os dentes durante a brincadeira. Fazer isso apenas incentiva a escalada do comportamento.

Gato mordendo por medo

Alguns bichanos têm forte instinto de sobrevivência e se apavoram facilmente — e nessas crises de pânico podem distribuir mordidas e arranhões. A lista do que pode disparar esse gatilho de medo é grande: visitas, outros animais, objetos ou até outros moradores da casa.

O primeiro passo é identificar o que assusta o gato. Se não houver uma forma de evitar o contato do gato com o que gera o medo, uma estratégia é a dessensibilização. Isso é feito expondo o bichano brevemente, e à distância, ao que gera a fobia e recompensando o comportamento não agressivo com comida e elogios.

Se o alvo do medo do bichano é você, não recue, nem vá para cima quando ele mostrar os dentes. Ignore. A falta de atenção é a melhor maneira de lidar com a agressão do medo. E quando o bichano não estiver estressado, busque se aproximar, dia a dia, gradualmente, com petiscos.

  • Caso ele te morda, afaste-se e não agrida 
  • Você pode assustar gatos que estão prestes a brigar, mas sem agredir os bichanos e nem causar medo excessivo que se volte contra você
  • Evite situações que você sabe que vão deixar o gato agressivo
  • Verifique se a agressão não é motivada por um problema de saúde, como dores ou estresse. Caso não consiga identificar, leve a um veterinário

Gato mordendo quando recebe carinho

Existe aqui a mordidinha carinhosa e o ataque furioso. O gato pode morder o dono como resposta ao carinho recebido, retribuindo o afago com lambidas e pequenas mordidas, muito leves, sem machucar. Já o ataque furioso é a reação agressiva e repentina de alguns bichanos ao serem acariciados. 

Não há consenso sobre por que os gatos lambem e depois mordem os donos ao receber carinho. Uma das teorias é que alguns bichanos não sabem demonstrar, pacificamente, que não querem afagos, ou que se cansaram da carícia, e põem fim ao contato usando unhas e dentes. 

As crianças não devem ser encorajadas a fazer carinhos em gatos que tenham esse comportamento. Os bichanos vão ficar felizes, e os pequenos não terão cicatrizes.

A recomendação nesses casos é evitar carícias quando o gato está no canto dele. Se você tiver petiscos, ótimo: recompense-o com alguns toda vez que ele se aproximar e permitir carinhos. 

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• 4 sabores: carne, frango, salmão e queijo

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• Age na eliminação das bolas de pelo
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Com o tempo, aumente gradativamente a duração das carícias. Mas com qualquer sinal de agressão, volte a se distanciar, dê uns dias de resfriamento na relação e depois retome lentamente o processo de aproximação.

Gato mordendo para marcar território

Gatos são territorialistas e não é raro que ataquem novos gatinhos que sejam trazidos para casa. A ideia de ganhar um ‘irmãozinho’ não costuma ser prontamente bem aceita por muitos bichanos, que se veem ameaçados.

Para evitar que seu gato morda um filhote recém-chegado ou ataque algum outro felino adulto que esteja sendo adotado — ou retornando após afastamento por cirurgia — existem algumas técnicas. 

  • Isole o novato em um cômodo, com porta fechada, tendo sua própria caixa de areia, água e comida
  • Após alguns dias, troque os gatos de posição por apenas meia hora; o confinado sai, o da casa fica preso
  • Repita essa breve alternância por vários dias
  • Coloque os gatos em pontos extremos de uma mesma sala, sem que um se aproxime do outro, e alimente-os
  • Repita o processo de alimentar os bichanos, um na presença do outro, por vários dias, até sentir que as tensões cessaram
  • Após semanas ou meses de convívio à distância, associado a comida e afeto, eles estarão aptos a viver juntos ❤️

Gata que deu cria pode ficar agressiva

Mamães que acabaram de dar à luz e estão amamentando seus filhotes podem demonstrar agressão a quem chegar perto — sejam outros animais ou humanos. O motivo nesse caso é o instinto de proteger os bebês. 

Os tutores devem garantir às mamães um espaço tranquilo, com o mínimo de acesso de visitantes. A agressividade vai diminuir conforme os gatinhos ficarem independentes e saírem caminhando por conta própria.

Mães podem ficar agressivas para proteger os filhotes de humanos e animais.

Dores podem levar o gato a ficar agressivo

Gatos com dores podem atacar pessoas e animais da casa. Ainda mais quando forem tocados e principalmente se o toque for na área que está dolorida. Sinais de que o gato está com dor podem ser observados por mudanças não apenas de comportamento, como de linguagem corporal. 

Além da irritabilidade, o gato pode estar mancando, caminhando mais lentamente que o normal, dormindo sempre em posições menos relaxadas ou lambendo excessivamente uma região específica. Se você suspeitar que seu gato está com dor, não deixe de levá-lo ao veterinário.

Agressão redirecionada

É possível que um gato morda o dono ou outro animal da casa por estar estressado com algum estímulo externo, como ruídos altos ou a visão, pela janela, de outros gatos andando ou brigando na rua. 

A solução nesse caso é remover ou evitar esses estímulos, como baixar as cortinas e espantar gatos de rua que estejam passeando pelo seu quintal. 

Sinais que o gato vai atacar

Os gatos costumam expressar sinais de que vão partir para a violência. Gateiros de longa data já entendem muito bem o que o bichano quer dizer quando coloca as orelhas para trás, arrepia os pelos ou arreganha os dentes, por exemplo. Mas novatos podem achar que essas reações são apenas aleatórias, e não um aviso claro de que arranhões e mordidas são iminentes.

Qualquer um os sinais abaixo já é o suficiente para você manter distância, dar espaço para o bichano e esperá-lo se acalmar.

  • Assobio, uivo
  • Pelo eriçado na cauda ou nas costas
  • Orelhas dobradas para trás
  • Costas arqueadas
  • Agitação da cauda
  • Esgueirando-se perto do chão, como uma forma de fuga
  • Pupilas dilatadas

Doenças transmitidas pela mordida de gato

As mordidas de gatos podem ser perigosas para outros pets da casa e para os humanos. Os bichanos, a exemplo de outros animais, têm na boca um grande número de bactérias que podem provocar infecções na pele de quem levou uma mordida. 

Pessoas imunossuprimidas precisam ter atenção especial, porque são as mais suscetíveis a desenvolver complicações graves em casos de arranhões ou mordidas de gatos.

Infecção por Pasteurella multocida

Uma das bactérias mais frequentes e altamente infecciosa é a Pasteurella multocida. E é uma velha conhecida da ciência: em 1930, pesquisadores encontraram essa bactéria em uma infecção, causada na pele de uma pessoa por uma mordida de gato.

Os sintomas de infecção são vermelhidão no local ferido, inchaço e dor. Existe possibilidade de a infecção se espalhar pela pele ao redor do local ferido ou viajar por várias regiões do corpo através da corrente sanguínea. Em casos mais raros e graves, uma infecção por mordida de gato pode levar à morte. 

Estima-se que 76% das infecções por Pasteurella multocida em humanos ocorrem por mordidas de gatos, e 24% por ataques de cães. Uma explicação é que os dentes dos bichanos são mais finos e perfuram com maior facilidade a nossa pele, o que facilita a contaminação.

Doença da arranhadura de gato

Outra bactéria bastante conhecida por causar problemas em humanos mordidos por gatos é a Bartonella hensela, responsável pela ‘doença da arranhadura de gato’ — que, apesar do nome, não é transmitida apenas pelas unhas, mas também pela saliva do bichano. 

A pessoa é infectada por arranhões ou mordidas e começa a apresentar os sintomas entre 3 e 14 dias após o ataque felino. O local infectado pode apresentar, além de vermelhidão e inchaço, até pus. Outros sintomas são febre e inchaço de gânglios linfáticos próximos ao local lesionado. 

Os bichanos contraem essa bactéria de pulgas e normalmente não demonstram nenhum sintoma de que estão infectados. Em casos raros, a pessoa mordida pode ter complicações no cérebro, nos olhos, nos coração e em outros órgãos. 

Por ser contraída pelo bichano por pulgas, é importante que o gato esteja com a aplicação de antiparasitários em dia.

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Tétano por mordida de gato

Essa doença já foi fortemente associada no Brasil a pregos e outros metais enferrujados, mas pode ser contraída por vários tipos de ferimentos, inclusive mordidas dos gatos. 

A bactéria causadora da doença é a Clostridium tetani, encontrada no solo e no trato intestinal — fezes de animais espalham a bactéria pelo solo. Na maioria dos casos, a bactéria entra no corpo através de machucados, particularmente feridas profundas, como as causadas em cortes provocados por pregos, cacos de vidro e, claro, mordidas de animais infectados. As bactérias permanecem no tecido morto no local original da infecção e se multiplicam.

Quase todos os mamíferos são suscetíveis ao tétano, embora os gatos pareçam muito mais resistentes do que outros animais domésticos. Gatos, assim como humanos, contraem tétano através de machucados. 

Em razão de sua alta resistência à toxina do tétano, os bichanos costumam demorar para apresentar sintomas, que aparecem na área da ferida. No entanto, com o tempo, o tétano se torna generalizado. Orelhas eretas, cauda e patas enrijecidas, boca parcialmente aberta com os lábios puxados para trás, salivação excessiva, além de espasmos na garganta e diafragma estão entre os sintomas da doença nos gatinhos. 

Principais sintomas de tétano em humanos

  •  Febre baixa
  •  Alterações locais do ferimento da pele e mucosas
  • Contrações espontâneas ou provocadas por estímulos táteis, sonoros, luminosos ou alta temperatura ambiente
  • Espasmos musculares faciais (provocando uma expressão de sorriso forçado), do pescoço (rigidez de nuca), do maxilar e dos músculos do abdômen (barriga dura)
  •  Dificuldade de engolir
  •  Insuficiência respiratória
  •  Alterações neurológicas

Para os humanos, há tratamento e vacina gratuita contra o tétano no SUS (Sistema Único de Saúde). No caso dos gatos, a doença também pode ser tratada por veterinários e as chances de sucesso são maiores quanto mais cedo for feito o diagnóstico.

A maneira mais eficaz de prevenir o tétano é garantir que todas as feridas recebam tratamento veterinário imediato. 

Raiva transmitida por mordida de gato

A raiva é uma das doenças mais mortais do mundo — praticamente todas as pessoas que desenvolvem morrem. Sobreviventes não vacinados desse vírus são tão raros que viram notícia. Mas calma: há vacina, tanto para cães e gatos, como para humanos. E você pode ser vacinado mesmo após ser mordido por um animal infectado — e o ideal é tomar a vacina o mais rápido possível, no mesmo dia.

A doença se espalha pela mordida do animal infectado. Os gatos são frequentemente afetados pela doença — casos de raiva registrados em gatos domésticos superaram os de cães nos Estados Unidos em todos os anos, desde 1990.

No Brasil, foram registrados 40 diagnósticos de raiva humana entre os anos de 2010 e 2021. Desses casos, 20 foram transmitidos por morcegos, nove por cães, quatro por gatos, quatro por macacos, dois por raposas e em um não foi possível identificar a origem da doença.

Todos os mamíferos podem transmitir raiva. Estima-se que 59 mil pessoas morram anualmente, em todo o mundo, vítimas dessa doença — o que equivale, aproximadamente, a um óbito a cada 9 minutos.

O gato que contrai raiva torna-se irritável e pode usar seus dentes e garras de forma violenta e agressiva contra qualquer pessoa que tentar pegá-lo. A postura é alerta e ansiosa, com pupilas dilatadas. Eles podem atacar de repente, mordendo e arranhando violentamente. À medida que a doença progride, convulsões e falta de coordenação muscular são comuns. A morte é causada por paralisia progressiva.

Gatos que têm vida livre próximo a parques e matas são mais expostos ao risco da doença, porque podem contrair a raiva ao caçar morcegos contaminados.  

Para evitar que seu bichano desenvolva e espalhe essa doença mortal, basta levá-lo ao veterinário e seguir os calendários de vacinas.

Existem raças de gato mais mansas?

Segundo pesquisadores, sim, existem raças de gatos mais dóceis e também mais nervosinhas.

O comportamento independente e, algumas vezes, briguento, de muitos bichanos tem ligação com o processo de domesticação dos gatos — ou da dominação felina sobre os humanos, dependendo do ponto de vista. (risos)

A relação entre humanos e gatos começou por volta de 10 mil anos atrás. E em boa parte desse tempo, o gato foi sendo ele mesmo. E o que é o gato na vida selvagem? Um caçador solitário, que não costuma fazer amigos. 

Cruzamentos promovidos por humanos visando raças de felinos começaram há cerca de dois séculos. Situação bastante distinta da dos cães, que podem estar com os humanos há 27 mil anos e foram submetidos a inúmeros cruzamentos, visando raças com especializações, como companheirismo, pastoreio e caça.

Ainda são poucas as pesquisas sobre as diferenças de comportamento entre as raças de gatos. Um estudo com 5,7 mil gatos de 40 raças, publicado na revista Nature, feito por pesquisadores da  Universidade de Helsinque, na Finlândia, buscou identificar se há, de fato, raças mais afetuosas, sociáveis ou agressivas. O resultado é que sim.

Veja alguns resultados apontados pelos pesquisadores finlandeses!

British Shorthair

É o gato mais independente. A raça teve a menor tendência de buscar contato humano.

Korat e Devon Rex

Adoram os humanos. Foram as raças mais propensas a se aproximar das pessoas.

Devon Rex é uma raça de gato fofa e que adora o contato com humanos.

Turkish Van e Angorá

Nervosinhos. Essas duas raças são as que têm o temperamento mais esquentado. Segundo a pesquisa, esses gatos são os mais agressivos tanto com pessoas, quanto com outros bichanos.

Azul Russo

Desconfiado ou tímido? Apesar de bastante carinhoso com seus tutores, o Azul Russo não gosta de visitas. É a raça que apresentou maior timidez diante de estranhos, segundo a pesquisa.

Cornish Rex, Korat e Bengal

Brincalhões, os gatos dessas raças foram identificados como os mais ativos, de acordo com o estudo finlandês.

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